Resistindo até ao Sangue

Texto Base: Hb. 12:1-29
Todos estamos rodeados por milhares de pessoas, quer seja no trabalho, na escola ou faculdade, no mercadinho perto de casa, no ponto de ônibus e, principalmente, em nossas igrejas. Porém, quantas vezes esquecemos da nossa fé cristã e sentimo-nos envergonhados, vendo somente uma multidão pagã que está pronta pra nos acusar e nos perseguir. Até mesmo quando somos rodeados tão perto por pecados que nos acostumamos de tal maneira que continuamos sobrevivendo de modo mesquinho e hipócrita.
Quando surgem as provações, o que fazemos nós? Murmuramos e esquecemos de seguir o exemplo de Cristo, correndo com paciência, nunca desanimando ou desistindo, porque a nossa corrida cristã já foi marcada. Com olhos fixos em Cristo, o mantenhamos como molde de fé, porque em Jesus tudo começa e tudo termina, só nEle acharemos aperfeiçoamento para nossa fé. Ele a si mesmo esvaziou, trocou toda a alegria já antes prometida, pela humilhação de morrer numa cruz, como um bandido, para que hoje retomasse de volta a nossa alegria e liberdade, e ser autoridade máxima à destra de Deus Pai. Suportou com grande amor e paciência, o ódio dos pecadores, dor maior que o da cruz, como um castigo que foi dado por um Pai.
Outrora sofremos e nos lastimamos, mas toda nossa dor representa o tratamento de Deus como um Pai para conosco. Todo filho que se preze leva disciplina do seu pai e não se queixa, mas respeita com amor, como filho legítimo. Quando nos sujeitamos às correções de Deus, estamos agindo em obediência. Se com nossos pais de sangue já temos grande admiração e respeito, imaginemos com o Deus Todo-poderoso? Nossos pais terrenos nos corrigem segundo a medida que lhes parecem coerentes, mas com Deus recebemos total aproveitamento, pois é assim que participamos de sua santidade e com ele viveremos. Inicialmente, a correção não é muito agradável e gera em nós sentimento de desconforto, como momentos de tristeza, contudo mais tarde os efeitos serão notórios, como recompensa teremos uma vida correta e muito paz, depois de muita prática e treinamento.
Consideremos tudo que Cristo suportou, para que não nos enfraqueçamos, nem nos esmoreçamos, porque o que hoje suportamos ainda não é sombra do que poderíamos, toda a luta contra o pecado, ainda não lutamos, muito menos resistimos até o sangue, isto é, até a morte. Estamos longe da verdadeira resistência e podemos sim resistir até o fim.
Deus nos encoraja, dizendo: “Quando fores castigado pelo Senhor, não entristeças pela repreensão, mas esforçai-vos, porque o Senhor corrige a quem ama e castiga como um Pai.”
Frontes caídas precisam ser levantadas, nossas pernas fortalecidas, para que continuemos por caminhos planos, e se tiver aleijado, seja curado em nome de Jesus. A paz com todos e vida santa, totalmente dedicada ao Senhor, são passos para quem quer ver a Deus. Assim como cuidamos de um ente querido, precisamos cuidar no crescimento da graça salvadora. Não há nada pior do que crescer como uma planta amarga que envenena quem está ao redor. Nem tão pouco, se torna desrespeitoso com a coisas sagradas e acaba como Esaú que trocou sua benção por um prato de comida, e mesmo depois chorando, nada lhe foi restituído. Uma vez perdido o caminho do céu, não há mais avanço, nem retrocesso, como nos nossos aparelhos de CD. Não fiquemos como o povo de Israel, que podiam sequer tocar no Monte Sinai, por causa do fogo que consumia, causando espanto até em Moisés.
Tudo está em nossas mãos, nossa diferença para este século, se agirmos em santidade. Para se chegar ao Monte Sinai, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, em meios aos milhares de anjos, precisamos ir como filhos mais velhos e nosso nome tem que está escrito lá no céu. Assim, veremos verdadeiramente a Deus, como um juiz, corrigindo e aperfeiçoando, contemplaremos no trono ao lado, Jesus, como mediador, firmando a nova aliança com sangue mais poderoso do que o sacrificado com cordeiros.
Recusar estas palavras é perecer como os de outrora. Nenhum escapou, muito menos nós conseguiríamos. Assim como Deus fez tremer a terra, nos últimos dias fará tremer também os céus. Por tanto, precisamos estar firmes, inabaláveis, para permanecemos no amor.
Devemos ser gratos em todo tempo, porque o Reino de Deus vem a nós e este jamais será abalado. Adoremos que modo digno e agradável a Deus, com respeito e temor, aceitando suas correções e admoestações, porque assim como no Monte Sinai, Deus é fogo consumidor, fogo que destrói ou liberta para sempre.