Como ramos na videira
Texto Base: Jo. 15:1-25
Somos todos convidados a
participar e produzir em Jesus Cristo maravilhosos e ricos frutos, que
colhidos pelo Deus vivo trazem renovo e restauração em nossas vidas e
cada vez mais necessidade de produzirmos melhores frutos. Esse deve ser o
desejo de todo verdadeiro cristão, porque quando não houver mais
produção destes frutos, nada impedirá o grande viticultor de banir-nos e
rejeitar-nos na grande colheita. Somos muito religiosos e esquecemos de
frutificar como verdadeiros cristãos. Os frutos geram em nós
necessidade de continuação com zelo a obra do Senhor Jesus.
No versículo primeiro do
evangelho segundo João, Cristo vem se revelando como o verdadeiro
Israel, aquele que constitui a genuína videira, o mesmo que está
assentado à direita do Todo Poderoso Deus. Como um agricultor, toda
autoridade é dada Deus para colher, plantar e abater esta videira, que o
faz com todo amor. Presos à videira, estão cada um de nós, dela
retiraremos todo o sustento e vitalidade para os possíveis frutos.
Para que esta videira se
desenvolva preciso será remover os galhos que impedem o crescimento dos
frutos, como também podar todos os ramos que não dão frutos. Por tanto, o
Deus Altíssimo possui uma enorme foice, sua palavra eterna, limpando
tudo que tem se tornado excesso, e todo aquele que for limpo pela sua
palavra permanecerá na videira, mas o que for extirpado dela, não mais
terá vida e para nada mais servirá senão pro fogo. A madeira da videira,
só serve para as uvas, como está escrito em Ez. 15:1-8. Não serve nem
pra construção de móveis, ou qualquer utensílio, nem para servir de
gancho para pendurar algo serve.
Todos os frutos que possamos
produzir só têm origem e permanência se estiver em Cristo, até que o Pai
venha e recolha a safra. Esta permanência dos frutos trata a nossa
permanência nas palavras do próprio Jesus, que é a identificação viva de
todos seus ensinamentos. Todas as promessas dEle só terão efeito,
naqueles que crerem que ele é o Senhor, e nossas orações serão
respondidas se nos mantivermos em obediência, guardando estas palavras
em nosso coração.
Para que haja frutificação, é
preciso sim estar ligado na videira, mas só no momento de poda divina é
que estaremos em ponto de brotação. Trata-se da fé, que nos une cada vez
mais a Cristo, assim Deus é glorificado pela constante produção destes
frutos e pelas vidas que reproduzem a vida de obediência em Jesus.
Assim como Jesus é dependente
total de Deus, somos todos mutuamente dependentes, num relacionamento de
amor, onde a obediência é estabelecida em alegria espontânea e não por
obrigação penosa. Cristo espera de nós o compartilhamento deste amor uns
para com os outros, porque ele mesmo prova seu amor para com o Pai em
obediência, que é recompensada com a presença santa do Altíssimo. Nossa
recompensa também é a mesma, além de contarmos com a total satisfação e
apoio de Cristo, que nos desfaz a apreensão quanto a sua partida e seu
retorno aqui. Divide o amor do Pai com todos, recomendando o amor
completo, um amor imensurável.
Cristo afirma que a medida do
amor é a capacidade que alguém tem de morrer por seus amigos. Neste
momento, ele nos troca de posição, antes fomos chamados servos, mas de
agora em diante somos chamados de amigos, porque passamos a conhecer
tudo que procede de Deus por Jesus. Passamos a partilhar das esperanças e
planos de Deus pra nosso viver. Ele abriu os segredos da motivação
íntima do seu ministério e do seu sacrifício na cruz do calvário.
Trocamos aqui nossa obediência de escravos por uma obediência de
fidelidade, de intimidade, uma obediência de amigos de Deus.
Não fomos nós que escolhemos a
Cristo, mas ele sim nos escolheu, para que frutifiquemos em seu nome e
vivos permaneçamos com ele, afim de que tudo nos seja feito pela vontade
do Pai que está nos céus.
O nosso amor mútuo deve ser
cultivado, planta e regado todos os dias. Mesmo que muito se ache
estranho ou ruim, devemos nos concentrar no amor de Jesus. Não mais
pertencemos a este mundo, somos estrangeiros nesta terra, e por isso
seremos perseguidos. Muitos gostaram das palavras de Jesus um dia,
também nos aceitarão, por tanto não podemos jamais abandonar o evangelho
por não conseguirmos agradar a todos. O evangelho não é agradável para
quem não o conhece, mas é o que realmente salva os incomodados. Quando
Cristo veio para ser o mentor da salvação, ninguém mais passará
desapercebido como pecador, porque ele veio para nossa justificação, só
nEle há perdão e arrependimento. Muitos o rejeitaram e nos rejeitarão
muitos também.
Quantos puderam contemplar os
milagres e as maravilhas do Senhor Jesus e mesmo assim não creram que
ele é vindo da parte de Deus. Privilégios tais que todos almejaríamos
presenciar e podemos hoje na autoridade do Espírito Santo. O mesmo que
testifica nos corações toda a obra e existência do verbo, Jesus. Aquele
que agiu em Pedro e seus companheiros quando estiveram diante do sumo
sacerdote e de todo conselho, proclamando a respeito da ressurreição e
da entronização de Jesus, capacitando e nos capacitará igualmente a fim
de que saibamos como devemos testificar com ousadia hoje, para que nos
dias finais, Cristo cumpra sua promessa de nós testificar diante do Pai.