Acesso completo à presença do Pai
Texto: Levítico 21 – Hebreus 7:11-28; 8
Para que o nome de Deus não
fosse ridicularizado no meio do povo de Israel, algumas medidas eram
impostas aos sacerdotes. Leis que deviam ser cumpridas à risca,
caso contrário, eram exterminados diante de Deus. Refletir
sobre as obrigações, deveres e direitos dos sacerdotes
no tempo do velho testamento é fazer-nos compreender o quanto
Deus, através de Jesus Cristo, liberou o sacerdócio
dEle a cada um dos filhos de hoje.
Era imprescindível que todo
o escolhido para o sacerdócio não tivesse contato com
cadáveres, porque tal representava a profanação
para o corpo e a Tenda Sangrada, o tornaria impuro. Os cabelos jamais
poderiam ser cortados, nem ferir a carne, representando a total submissão
ao sacerdócio. O casamento era permitido com mulheres israelitas
totalmente virgens, representando a geração de uma descendência
pura. Se uma filha de um sacerdote viesse a se prostituir, era queimada
viva diante de todos. O sacerdote não podia andar despenteado
e nem rasgar as roupas em sinal de revolta ou indignação.
Não eram permitidos sacerdotes com defeito físico, tipo:
cego, aleijado, com defeito no rosto ou com o corpo deformado, perna
ou braço quebrado, corcunda, anão, doentes nos olhos,
quem tivesse sarna, doentes de pele ou muito menos castrado. Já
vi que se eu tivesse existido naquele tempo, sendo eu lábio
leporino, já tinha sido eliminado.
Refletir sobre estas imposições
levantadas por Deus revela a nossa importância hoje diante de
toda a promessa de Deus, alcançada por aqueles que crêem
em Jesus. Somos indignos, não pelos defeitos, ou porque não
pudéssemos cumprir às ordenanças para sermos
um sacerdote com acesso ao Pai, mas porque a nossa natureza humana
jaz no pecado. Mesmo aqueles sacerdotes executando e cumprindo literalmente
a lei, na sua herança havia pecado. Os rituais eram levados
a sério, e todo o povo era ciente da responsabilidade e a pureza
aos quais todos os sacerdotes precisavam se submeter.
Toda a lei que o povo de Israel havia
recebido baseava-se no sacerdócio dos levitas. Porém
com a vinda de Jesus Cristo, tudo foi mudado. (Ler Hb. 7:11-12) Sendo
descendente da tribo de Judá, à qual ninguém
serviu jamais, Jesus Cristo, foi feito sumo-sacerdote, não
por leis ou regras humanas, mas por meio do poder de uma vida que
não tem fim. A lei antiga foi anulada, porque era inútil
e fraca, não aperfeiçoava em nada, mas conduzia o povo
para uma esperança melhor, a de chegarmos a Deus.
Jesus Cristo é a garantia de
uma aliança perfeita, melhor. Até porque todos os sacerdotes
daquela época morreram, mas Jesus Cristo é o único
sacerdote que permanece. Ele foi separado de nós, pecadores;
não havia nenhuma falha, defeito ou manchas. Os sacrifícios
não precisam mais ser oferecidos, porque Jesus quando se ofereceu
a si mesmo, fez um único sacrifício, de uma vez por
todas.
Deus, assim, faz uma nova aliança
conosco, e tudo que era velho e gasto, perecerá e dará
lugar ao que é novo. Ler Hb. 8:8-12.
Todas aquelas regras permaneceram,
até que Deus renova-se todas as coisas. A Tenda que Jesus Cristo
serve é melhor do que todas e a mais perfeita para adoração;
não é deste mundo. Os rituais agora não são
feitos com bodes ou bezerros, mas com o sangue espargido na cruz do
calvário. A purificação era externa, percebam,
todos precisavam ser puros fisicamente, mas Jesus veio e trouxe a
purificação interna, tirando a culpa, fazendo-nos servir
ao Deus vivo, sem cerimônias externas que de nada valem. (Ler
Rm. 9:13-14).
Talvez, naquele tempo fôssemos
chamados indignos diante da presença de Deus. Quero recomendar
sempre que abster-se das coisas do mundo e consagrar-se é sempre
uma boa pedida, mas de nada valerá se o sangue de Cristo não
te purificar. Seguir os mandamentos de Deus é fazer da vontade
de Deus, as nossas promessas. Somos um povo, que jamais volta atrás
e se perde, pelo contrário, temos fé e fomos salvos
por Deus. Por tanto, mesmo que tenhamos total acesso a Deus hoje,
temos que lembrar que só por meio de Jesus e de um coração
sincero, alcançaremos a presença real. (ler Rm. 10:19)